sábado, 11 de julho de 2009

'Ela não morreu no anonimato', diz mãe de travesti da polêmica com Ronaldo

10/07/09 - 08h24 - Atualizado em 10/07/09 - 10h41

'Ela não morreu no anonimato', diz mãe de travesti da polêmica com Ronaldo

André Luiz Ribeiro Albertini morreu na quinta (9) em Mauá, no ABC.
Enterro está previsto para as 10h desta sexta-feira (10).


Claudia Silveira Do G1, em São Paulo


No Cemitério Santa Lídia, em Mauá, no ABC, a dona-de-casa Sônia Maria Ribeiro, de 49 anos, velava o corpo do filho André Luiz Ribeiro Albertini, de 22 anos, durante a madrugada desta sexta-feira (10), quando abriu um leve sorriso e enxugou as lágrimas ao contar que o jovem, conhecido como a travesti Andréia, era uma pessoa bastante vaidosa.

“Eu acredito que ela ia ficar contente com a repercussão de sua morte, sinal de que ela não morreu no anonimato. Ia dizer: ‘O pessoal lembrou de mim’. Não deixa de ser uma homenagem, embora em uma situação terrível”, afirma a mãe, que se refere a Albertini como “ela” porque “era assim que ela gostava de ser chamada”.


Andréia Albertini ficou conhecida após se envolver em um escândalo com o jogador de futebol Ronaldo, em abril de 2008, no Rio de Janeiro. Na manhã da quinta-feira (9), ela morreu em um hospital em Mauá, após dois dias internada com meningite e pneumonia.

“Para mim, ela era uma pessoa maravilhosa”, diz Sônia. Segundo ela, Albertini se dava bem com os dois irmãos, um de 32 anos e outro de 14. “Ela jogava videogame com o mais novo. Os dois ficavam mexendo nos joguinhos do celular”, relembra a dona-de-casa.

“Difícil vai ser agora que ela não vai mais tocar a campainha e dizer: ‘Mãe, cheguei!’”, desabafa Sônia, que é católica, mas não costuma ir à igreja. “Mas tenho fé em Deus e acredito que ela está em paz agora”.

Pneumonia e meningite

A dona de casa conta que levou a filha para o hospital na última terça-feira (7), em Mauá, depois de Andréia ter uma convulsão e perder a consciência. O médico que atendeu a travesti disse à mãe que ela tinha pneumonia, e uma tomografia indicou que Albertini estava com meningite. A mãe observou uma mudança no comportamento da travesti. “Ela estava deprimida”.

“Quando falava ou tossia, eu percebia que ela estava com o pulmão cheio e mal conseguia respirar”, detalha a mãe, que afirma não se esquecer as palavras do médico. “Ele me disse que, se sobrevivesse, ela ia ser um vegetal”, relembra.

Andréia estava morando em um flat em São Paulo havia dois meses. Ela foi velada pela mãe e familiares. O enterro está previsto para as 10h, no Cemitério Santa Lídia, em Mauá, cidade onde mora a mãe e um dos irmãos.


Fonte: G1

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