[O texto abaixo foi escrito por Anna Paula Vencato. Se for usar, cite a autoria.]
Sempre que se fala em gênero, enquanto conceito analítico, estamos falando de algo que é social/culturalmente construído. Nesse sentido, aplica-se a pessoas e não a animais. Inicialmente havia um debate que implicava em tentar diferenciar sexo (como atributo mais do lado do biológico) de gênero (como atributo da ordem do social). Contudo, já faz algum tempo que pesquisadores e pesquisadoras deste campo vêm apontando para o fato de que a forma como significamos sexo também é socialmente construída. Isso não quer dizer que não exista biológico. Quer dizer apenas que as noções que regulam o que é sexo também variam de um contexto para outro. Isso se deu no mundo ocidental ao longo da história e se dá nas diferenças entre um contexto sociológico (cultural) e os demais. Aliás, por se tratar de um conceito analítico, a flexão da palavra é sempre gênero e nunca gêneros. Se quisermos falar na pluralidade de expressões de gênero a flexão se dá em masculinidades e feminilidades.
Para uma revisão acerca da trajetória do conceito de gênero nas ciências humanas, leia o texto disponível no link abaixo:
HEILBORN, Maria Luiza. "De que gênero estamos falando? In: Sexualidade, Gênero e Sociedade ano 1, n° 2 CEPESC/IMS/UERJ, 1994.
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