Elas também amam | 29/5/2009 |
Foto: Reprodução |
O Estruturação – Grupo LGBT de Brasília lançou nesta semana um material específico sobre a importante negociação para o uso da camisinha nos relacionamentos amorosos das travestis. A ideia é reforçar a importância do uso do preservativo tanto com clientes quanto com namorados. O material foi elaborado depois que o grupo, que atua na prevenção há pelo menos 10 anos, percebeu que as fofas usavam camisinha com seus clientes, mas nem sempre com seus parceiros fixos.
Com o título “Por aí, muitos. No seu coração, ele. E com todos, atenção a sua saúde”, o material educativo é financiado pela Gerência de DST/AIDS da Secretaria de Saúde do Distrito Federal e representa um avanço no modo de se olhar para esse segmento. Até agora, as travestis eram vistas apenas como profissionais do sexo vulneráveis às doenças em seu trabalho. Essa iniciativa amplia o olhar e as vê também como pessoas que se relacionam amorosamente, como todo mundo.
Um estudo feito em 2005 pela coordenação de Pesquisas do Estruturação mostrou que 49% das travestis e transexuais profissionais do sexo de Brasília tiveram uma relação amorosa não profissional no período do levantamento. A mesma pesquisa mostrou que 13% das entrevistadas tinham feito sexo sem camisinha e sem ejaculação com clientes nos seis meses anteriores ao questionamento. Quando a pergunta se referiu a relacionamentos amorosos, o índice subiu para 40%.
O grupo lembra que é possível deixar de usar a camisinha em um relacionamento estável, mas que antes é preciso que haja uma conversa sincera entre o casal. Além disso, os dois precisam realizar os testes de HIV e sífilis para ver se está tudo ok antes de abrir mão da proteção.
Fonte: MixBrasil
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