segunda-feira, 1 de junho de 2009

Revista gay indiana volta a ser publicada


Revista gay indiana volta a ser publicada
Por Redação 1/6/2009 - 12:07

A primeira e única revista gay da Índia, "Bombay Dost", foi relançada e voltou às bancas do país. A publicação é comercializada na língua inglesa e foi retirada do mercado em 2002, quando os produtores não tinham mais dinheiro e anunciantes para bancar o projeto. Porém, a revista volta por ter conseguido financiamento pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas durante os próximos três anos. O primeiro número terá tiragem de 1.500 cópias.

O editor da revista, Nitin Karani, comemora o fato de hoje a Índia estar mais evoluída socialmente e que eles poderão vender a publicação nas principais livrarias e sem a necessidade de colocarem uma sobrecapa para esconder seu real conteúdo.

À revista Times o editor disse que "a comunidade gay da Índia segue sendo ilegal, mas atualmente os LGBT têm mais confiança em si próprio e são mais felizes". "Já não estamos constantemente nos queixando da discriminação e da marginalização. A volta da "Bombay Dost" também reflete essa realidade", declarou Karani.

A revista terá 56 páginas e apenas uma foto em seu conteúdo, do Mr. Gay Índia com traje de banho. No resto seguem resenhas de livros e atividades artísticas e uma reportagem a respeito da problemática da comunidade gay indiana. "Bombay Dost" custará 150 rúpias (R$ 6,28) e a sua publicação será semestral.

Na festa de lançamento da revista, a estrela do cinema local, Celina Jaitley, ex-rainha da beleza e hoje principal defensora dos direitos humanos LGBT da Índia, revelou não entender a homofobia de alguns cidadãos. No ocasião, ela que declarou que se entristece ao saber "que as pessoas tenham tanto ódio contra as minorias sexuais ao invés de lhes brindar com apoio".

A atriz também revelou que recebe mensagens de ódios e ameaças após ter abraçado a causa gay. Segundo a ela, diariamente, quando abre os seus e-mails, a sua caixa de entrada está lotada de mensagens que a desaprovam por conta de sua postura favorável aos direitos da comunidade LGBT.


Fonte: A Capa


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